Cirurgia da coluna vazando

Cirurgia da coluna vazando: riscos e tratamentos

Esse tipo de situação pode significar problemas sérios, como infecções pós-cirúrgicas

Quando um paciente se queixa de uma cirurgia da coluna com presença de líquido ou pus, está certamente se referindo a algum tipo de infecção pós-operatória. Sem dúvida, esse tipo de situação é indesejável em qualquer tipo de intervenção cirúrgica, mas se torna ainda mais problemática quando estamos nos referindo a operações na região da coluna vertebral.

Uma combinação acertada de técnica asséptica, utilização de antibióticos profiláticos e bem equipados centros cirúrgicos ainda são, contudo, insuficientes para evitar que aconteça uma situação como a da cirurgia da coluna com presença de líquido ou pus, precursora de casos infecciosos.

A literatura médica compreende que a ocorrência de infecção pós-operatória é bastante variável, mas pode chegar até a 20%, de acordo com alguns estudos. Em procedimentos como discectomias e laminectomias descompressivas, a incidência é de 3%. Já naqueles em que acontece instrumentação, as taxas de infecção chegam a 12%.

Cirurgia da coluna de líquido ou pus? Conheça os fatores de risco

O problema da cirurgia da coluna com presença de líquido ou pus, responsável pelas infecções, também pode ser motivado por três grupos de fatores de risco, sendo eles relacionados ao paciente, ao processo operatório e aos cuidados pós-cirúrgicos.

Os pacientes imunossuprimidos, por exemplo, apresentam uma maior chance de infecção. Neste cenário, podemos encontrar pacientes que estejam passando por alguns tipos de situação:

  • Diabetes;
  • Artrite reumatoide;
  • Câncer;
  • Uso crônico de corticosteroides;
  • Obesidade;
  • Tabagismo

Ainda neste cenário, um desequilíbrio nutricional também pode ser um fator desencadeante para a situação da cirurgia da coluna de líquido ou pus líquidos que acarretem uma infecção. Desnutrição clínica e laboratorial influenciam no potencial de cicatrização, bem como no funcionamento do sistema imunológico.

Já o diabetes aumenta em 17% a possibilidade de uma complicação pós-cirúrgica, sendo dois terços dessas complicações, quadros infecciosos. Já os pacientes com câncer, que necessitam da radioterapia, em geral devem aguardar de duas a três semanas após uma cirurgia para iniciarem os procedimentos oncológicos.

Esse espaçamento possibilita um certo tempo para a cicatrização local, diminuindo as chances de deiscência e infecção. Já com relação a pacientes que já tenham iniciado a radioterapia, o tempo a ser aguardado é de seis a doze semanas antes de realizar um procedimento cirúrgico.

Pacientes vítimas de traumas também podem apresentar fatores de risco que resultem em uma cirurgia da coluna com presença de líquido ou pus, trazendo como consequência a infecção. Lesões abertas extensas, traumatismos múltiplos, utilização de sondas e cateteres e fraturas expostas enfraquecem a capacidade imunológica.

Tratamento

Um tratamento eficaz para quadros em que o paciente observa a cirurgia da coluna com presença de líquido ou pus depende de uma avaliação minuciosa, bem como de um diagnóstico precoce. Sintomas como aumento de dor não devem ser ignorados, e o acompanhamento médico no pós-cirúrgico é indispensável.

O especialista pode receitar antibióticos endovenosos de largo espectro tão logo o diagnóstico confirme a infecção. O uso desses medicamentos deve ser mantido conforme orientação médica para que só então o paciente possa substituí-los por antibióticos orais – situação que, evidentemente, varia de acordo com cada caso.

Um tratamento cirúrgico da ferida também pode ser utilizado em casos mais graves. A ferida precisa ser aberta em etapas, de fora para dentro, removendo todo o tecido desvitalizado e necrótico. Em seguida, é preciso ressecar e fazer uma limpeza mecânica nas bordas da ferida.  O aspirado da secreção e os fragmentos das partes moles podem ser enviados para cultura. Já a abertura da fáscia deve acontecer somente quando a região superior a ela estiver já devidamente higienizada. Tal medida previne contaminações.

Resumidamente, as infecções pós-operatórias são um risco que todo paciente que se submete a uma cirurgia está exposto, e apesar de grande diminuição de sua ocorrência nos últimos anos, não devem ser subestimadas. Ao notar a cirurgia da coluna com a presença de líquido ou pus ou observar qualquer situação anormal depois do processo cirúrgico, não hesite em procurar ajuda médica.

Especialista em tratamento cirúrgico no trato da coluna, o Dr. Rodrigo Amaral é um profissional experiente com casos dos mais variados graus de complexidade. Nos envie uma mensagem agora mesmo para agendar a sua consulta.

Revisão médica: Dr. Rodrigo Amaral

Ortopedista especialista em coluna | CRM 129867 SP

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