pessoa numa balança

Obesidade e a saúde da coluna 

A obesidade já é considerada pela OMS uma doença crônica, que afeta mais de um bilhão de adultos em todo o mundo, elevando o risco de desenvolver uma série de problemas de saúde, incluindo diabetes, doenças cardíacas, apneia do sono e até mesmo complicações na coluna vertebral. 

Manter uma boa saúde da coluna é essencial para uma vida ativa e sem dores. No entanto, o excesso de peso age como um inimigo para a coluna, resultando em desgaste excessivo, degeneração e uma série de condições dolorosas. 

A seguir, você poderá entender melhor a relação entre obesidade e a saúde da coluna, sintomas de uma coluna prejudicada e como prevenir problemas, além de apresentar as opções de tratamento disponíveis para quem já sofre com as consequências do excesso de peso. 

Impactos da obesidade na estrutura da sua coluna 

A coluna vertebral é o pilar central do nosso corpo, proporcionando sustentação, equilíbrio e permitindo uma ampla gama de movimentos. No entanto, essa estrutura complexa e interdependente – composta por vértebras, discos intervertebrais, músculos e ligamentos – é vulnerável ao excesso de peso. 

Esta estrutura em nosso corpo é projetada para suportar um determinado peso. Quando esse limite é excedido, a coluna sofre desgaste prematuro e torna-se mais suscetível a lesões. 

A obesidade contribui para problemas na coluna das seguintes formas: 

Aumento da pressão sobre os discos intervertebrais 

Os discos intervertebrais, estruturas cartilaginosas que atuam como amortecedores entre as vértebras, são altamente suscetíveis ao excesso de carga. O peso adicional exercido pela obesidade comprime os discos, levando à desidratação, degeneração e, em casos mais graves, à hérnia de disco 

Desalinhamento postural 

O excesso de peso, principalmente na região abdominal, altera o centro de gravidade do corpo, forçando a coluna a se curvar para frente para compensar o desequilíbrio. Essa postura inadequada, mantida por longos períodos, causa estresse excessivo nos músculos, ligamentos e articulações da coluna, resultando em dor, fadiga e deformidades posturais como a hiperlordose e a hipercifose. 

Estudos indicam que os obesos têm uma predisposição para o aparecimento de alterações posturais, principalmente a hiperlordose lombar, e para o desenvolvimento de instabilidade na coluna, decorrente da deposição do tecido adiposo no abdômen. 

Inflamação crônica 

A obesidade está associada a um estado de inflamação crônica no corpo devido ao aumento de adipocinas pró-inflamatórias. Essa inflamação, embora silenciosa em muitos casos, contribui para a degeneração das estruturas da coluna, acelerando o processo de desgaste e aumentando o risco de desenvolver doenças como a artrose. 

Fique atento aos sinais de alerta 

As consequências da obesidade para a coluna vertebral se manifestam de diversas formas, desde dores leves e ocasionais até condições incapacitantes que comprometem a qualidade de vida. É fundamental estar atento aos sinais do seu corpo e procurar ajuda de um médico ortopedista especialista em coluna ao primeiro sinal de problema. 

Alguns dos sintomas mais comuns de problemas na coluna relacionados à obesidade incluem: 

Dor lombar crônica 

A lombalgia, dor na região inferior das costas, é um dos sintomas mais frequentes em indivíduos obesos. A dor pode ser constante ou intermitente, agravando-se com o esforço físico e melhorando com o repouso. 

Dor cervical 

O excesso de peso também pode sobrecarregar a região cervical, causando dor no pescoço, ombros e braços. 

Limitação de movimento 

A obesidade pode afetar a flexibilidade e a amplitude de movimento da coluna, tornando atividades cotidianas como amarrar os sapatos ou virar-se na cama um desafio doloroso. 

Formigamento e dormência 

A compressão dos nervos espinhais, decorrente de hérnia de disco ou estenose espinhal, pode causar sintomas como formigamento, dormência e fraqueza nos membros superiores e inferiores. 

Dificuldade para caminhar e manter o equilíbrio 

Em casos mais graves, a obesidade pode levar à compressão da medula espinhal, resultando em dificuldades para caminhar, perda de equilíbrio e, em situações extremas, à necessidade de realização de cirurgia na coluna 

Prevenção e tratamento 

A prevenção é sempre o melhor caminho. Adotar um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada e prática regular de exercícios físicos, é fundamental para manter o peso sob controle e proteger a saúde da sua coluna. 

Fortalecer os músculos do core, que envolvem o abdômen e a região lombar, é essencial para proporcionar suporte adicional à coluna e melhorar a postura. 

Atividades como natação, hidroginástica e caminhadas são excelentes opções para fortalecer a musculatura e melhorar a saúde cardiovascular sem sobrecarregar as articulações. 

Manter uma postura ereta ao sentar, levantar objetos pesados e durante as atividades diárias, além de evitar ficar longos períodos na mesma posição, também auxilia a diminuir os desconfortos na coluna. 

Caso você venha sofrendo com dores frequentes ou tenha outras doenças na coluna, procure um médico ortopedista ou neurocirurgião especializado em tratamento cirúrgico de doenças degenerativas e alterações estruturais. Ele poderá avaliar sua condição e recomendar o tratamento mais adequado, incluindo a possibilidade de cirurgia minimamente invasiva da coluna vertebral.  

Entre em contato para saber mais sobre cirurgia minimamente invasiva da coluna e agendar sua consulta.  

Revisão médica: Dr. Rodrigo Amaral

Ortopedista especialista em coluna | CRM 129867 SP

Posts recentes:

Tratamento conservador ou cirurgia podem ser opção, dependendo do grau do problema A espondilolistese é

Conheça os procedimentos e saiba quando eles são indicados Hoje, existem diversos tratamentos disponíveis para

Procedimento tem sido considerado cada vez mais seguro com o passar dos anos, mas, como

Entre em contato conosco
Ficou com alguma dúvida ou precisa de mais informações?