Entenda quando é indicado e como funciona este procedimento cirúrgico
A cirurgia de trauma na coluna é um procedimento cirúrgico cuja principal finalidade é corrigir problemas das vértebras (ossos), discos (cartilagem), nervos ou do alinhamento da coluna. Esta intervenção cirúrgica pode ser realizada tanto na região cervical (do pescoço), na torácica (meio das costas) e na lombar (região mais baixa da coluna).
Para entender melhor em quais casos a cirurgia de trauma na coluna é necessária, vamos compreender, antes, como é o funcionamento da coluna vertebral e quais são os principais problemas que podem atingi-la.
Desvendando a coluna vertebral
A coluna vertebral é uma região delicada e de extrema importância para o equilíbrio do corpo. Portanto, fraturas neste órgão podem necessitar de uma intervenção como a cirurgia de trauma na coluna, em muitas situações. Antes de mais nada, é preciso compreender que a coluna vertebral é dividida em três principais regiões, a saber:
- Coluna cervical;
- Coluna torácica;
- Coluna lombar.
Estes componentes, juntos, são os responsáveis pelo equilíbrio do corpo, em pé, através de suas respectivas curvaturas: lordose (cervical e lombar) e cifose (torácica). Tais curvaturas, em consonância com os músculos, ligamentos, medula, discos e nervos, mantêm a estabilidade e a movimentação equilibrada da coluna.
Quando a coluna sofre uma lesão, e a medula – que consiste em um feixe de nervos que atravessa a estrutura corpórea – é afetada, pode haver impacto nos movimentos do corpo, abaixo deste ponto. Em outras palavras, uma fratura na coluna cervical pode levar o paciente à tetraplegia; já traumas na região lombar podem causar quadros de paraplegia.
É comum que as complicações de mobilidade aconteçam tão logo a coluna sofra a fratura. Por isso, é altamente recomendado que a cirurgia de trauma na coluna seja realizada tão logo o paciente sofra a lesão.
O que pode causar um trauma na coluna?
São muitas as situações que podem levar a fraturas, fazendo com que seja necessária uma cirurgia de trauma na coluna, como impactos fortes causados por elementos externos ao corpo, por exemplo. Além do mais, algumas patologias podem destruir a integridade ou resistência das estruturas da coluna, provocando gradualmente uma fratura. Os casos mais comuns são as enfermidades metabólicas, como a osteopenia e a osteoporose, além das lesões provocadas por tumores malignos e metástases.
Enquanto doenças metabólicas alteram a rigidez mecânica das vértebras, os tumores são responsáveis pela gradual destruição dos elementos estruturais.
Outro ponto a ser destacado é que, no decorrer da vida adulta, as vértebras podem se fragilizar em razão da perda de estrutura anatômica habitual, além da perda gradual de quantidade de cálcio nos ossos.
Alguns dos fatores associados à ocorrência de osteoporose que, eventualmente, podem levar a fraturas que necessitem uma cirurgia de trauma na coluna, são:
- Menopausa;
- Envelhecimento;
- Tabagismo crônico;
- Diabetes;
- Patologias reumáticas;
- Uso contínuo de determinados medicamentos que estimulem o surgimento precoce de osteopenia e/ou osteoporose.
Tipos de fraturas
Os diferentes tipos de fraturas na coluna podem apresentar aspectos muito distintos, a depender da região anatômica impactada e das imagens obtidas através de exames solicitados pelo médico em cada avaliação individual.
Algumas das consequências da fratura podem envolver deformidade, instabilidade, biomecânica e comprometimento neurológico, além de paraplegia, déficit motor, tetraplegia ou alterações no controle da excreção de urina e fezes.
É importante destacar que nem todos os comprometimentos desta estrutura necessitam de uma cirurgia de trauma na coluna como tratamento. Dentre as principais causas de fraturas, podemos citar três tipos.
O primeiro é a fratura por osteopenia ou osteoporose, que ocorre mais comumente no tórax ou lombar. Tal fratura costuma acontecer sem um histórico de trauma, o que pode levar os pacientes a sequer se recordarem de um evento que possa ter originado este trauma – que pode ter como origem uma simples queda ou levantamento de peso.
Também existe a fratura por tumor na coluna, que pode impactar todas as regiões anatômicas da coluna. Em muitas situações, esta pode ser até mesmo o primeiro sintoma do câncer em um paciente.
Por fim, existem as fraturas por traumatismos, que podem ser múltiplas e complexas, e atingir todas as regiões da coluna. Portanto, nestas situações, é mais comum que o médico proponha uma cirurgia de trauma na coluna como opção de tratamento.
Este trauma é geralmente causado por quedas, armas de fogo, agressões, atropelamentos ou outros acidentes de tráfego ou em atividades esportivas.
Afinal, como é a cirurgia de trauma na coluna?
A cirurgia de trauma na coluna é indicada pelo médico, a depender de uma avaliação criteriosa individual. Caberá ao ortopedista especialista em coluna analisar o tipo de fratura, a idade do paciente e seu estado geral de saúde.
Em geral, a cirurgia de trauma na coluna é indicada em casos de comprometimento grave da medula ou da estabilidade biomecânica da coluna que necessite de intervenção urgente. Além do mais, a operação também é frequentemente recomendada quando a fratura compromete de maneira crítica o alinhamento fisiológico ou quando os casos tratados de maneira conservadora não evoluem de maneira adequada.
Por fim, a cirurgia de trauma na coluna também é uma boa opção quando o médico observa a compressão de estruturas nervosas, que podem causar um déficit neurológico progressivo, trazendo ao paciente uma perda de sensibilidade e de locomoção.
Como é feita a cirurgia de trauma na coluna?
Existe, em primeiro lugar, a cirurgia minimamente invasiva, também conhecida como cifoplastia. Ela consiste na injeção percutânea de cimento ósseo na vértebra lesionada. Esta operação pode ser feita na fase aguda e subaguda da lesão. Seu resultado é um alívio rápido da dor, bem como a estabilização do segmento, que geralmente é usada em fraturas compressivas (quando a vértebra se achata sobre ela mesma).
É possível citar, também, a fixação percutânea, que consiste em uma técnica de instrumentação com parafusos nas vértebras adjacentes à fratura, sem que haja abertura do foco. É utilizada para fixar e realinhar o segmento que sofreu o trauma.
Podemos citar, ainda, a cirurgia aberta (ou convencional). Esta cirurgia de trauma na coluna é dedicada ao tratamento de fraturas muito graves ou múltiplas, onde há a necessidade da realização de múltiplos procedimentos, como descompressões diretas, osteotomias e fixação da coluna.
Por fim, também pode-se citar a utilização de dispositivos intersomáticos colocados por via lateral, que podem ser utilizados para estabilizar o nível e promover artrodese do segmento. Ademais, é possível utilizar um tipo especial deste dispositivo (Cage de Corpectomia), que pode “substituir” o corpo vertebral, caso haja necessidade de remover a vértebra durante a cirurgia de trauma na coluna.
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Fontes: