Entenda as principais características da doença causada pelo enfraquecimento do tecido do interior dos ossos
A osteoporose é uma condição que se caracteriza pela perda progressiva da massa óssea, tornando os ossos mais porosos, enfraquecidos e propensos a sofrerem fraturas mesmo aos mínimos esforços. A doença na coluna ocorre porque a capacidade de renovar o tecido do interior dos ossos é diminuída com o passar do tempo.
O envelhecimento da população pode predispor os indivíduos à diversas condições, como é o caso da osteoporose, já que a idade avançada é um dos principais fatores de risco da doença, ainda que sem tomar os cuidados necessários para prevenir a doença.
Conheça, a seguir, as causas, fatores de risco, sintomas e tratamentos da osteoporose, além dos meios de prevenção da doença.
Causas e fatores de risco
O interior dos ossos é formado, de maneira simplificada, por dois tipos de células: os osteoclastos e osteoblastos. Os primeiros estão envolvidos na absorção dos minerais, diminuindo a massa óssea e criando espaços vazios. Já os osteoblastos são os responsáveis para, com o auxílio do cálcio e outras substâncias, renovar a massa óssea perdida anteriormente.
No entanto, com o passar dos anos, a capacidade de renovar a massa óssea diminui gradativamente. A partir dos 40 anos de idade, a tendência é que a perda de massa óssea seja maior que a renovação. Por esse motivo, pode-se dizer que o envelhecimento é um dos principais fatores de risco da osteoporose.
Nas mulheres, a menopausa é um fator que aumenta o risco de desenvolvimento da osteoporose. A situação, que ocorre por volta dos 45 ou 50 anos, é caracterizada pela diminuição intensa dos níveis de estrogênio. Além de ser importante para o sistema reprodutor feminino, o hormônio também atua na renovação e fortalecimento dos ossos.
Entre outros fatores de risco para a osteoporose, podemos citar:
- Dieta pobre em cálcio, mineral essencial para o desenvolvimento dos ossos;
- Deficiência de vitamina D;
- Sedentarismo;
- Fraturas anteriores;
- Álcool e tabagismo.
A presença dos fatores de risco acima aumenta as chances de desencadear a osteoporose, que, de acordo com suas causas, pode ser classificada da seguinte maneira:
- Osteoporose primária: quando não é causada por fatores externos, geralmente ligada aos fatores de envelhecimento em homens e mulheres. A maioria dos casos da doença é desse tipo.
- Osteoporose secundária: quando é causada pelo uso prolongado de alguns tipos de medicamentos, como os corticoides, ou pela presença de alguma doença prévia, como distúrbios hormonais, diabetes, alguns tipos de câncer e artrite reumatoide.
Sintomas
Como a perda de densidade óssea é gradual, é comum que a osteoporose não cause sintomas no início. Muitas pessoas, inclusive, não terão nenhum tipo de sintoma até que uma fratura espontânea ocorra por causa do enfraquecimento do osso.
As fraturas na coluna por compressão das vértebras são as mais comuns em pessoas com osteoporose. Elas levam a mudanças visíveis na postura e diminuição da estatura. Muitas vezes, essas fraturas causam pouca ou nenhuma dor, fazendo com que as mudanças visuais sejam o principal sinal de que elas ocorrem.
No entanto, em casos de fraturas mais severas ou na ocorrência de múltiplas fraturas, o indivíduo pode sentir dor constante em qualquer região da coluna, mais comumente na lombar (área mais baixa, próxima ao quadril) e cervical (na região do pescoço). Em casos mais severos, pode haver comprometimento neurológico.
Além das vértebras, os punhos, os quadris e o fêmur também podem sofrer fraturas por causa da osteoporose.
Diagnóstico da osteoporose
O diagnóstico da osteoporose deve ocorrer, preferencialmente, em pacientes que ainda não sofreram nenhuma fratura. Por isso, recomenda-se que, na presença de qualquer fator de risco para a doença, se procure um médico ortopedista especialista. No entanto, muitos casos só são diagnosticados após a ocorrência de uma ou mais fraturas aparentemente espontâneas.
No consultório, depois de analisar a história clínica do paciente e suspeitar da osteoporose (seja pelos fatores de risco ou pela ocorrência de uma ou mais fraturas), o médico especialista em coluna pode solicitar alguns exames, sendo o principal a densitometria óssea (DMO). Esse exame é essencial para o diagnóstico da osteoporose. Ao contrário do raio-X, que somente visualiza os ossos, o DMO analisa sua densidade.
Exames complementares podem ser solicitados para medir níveis de cálcio, níveis hormonais e investigar outros fatores de risco para a osteoporose. Dessa forma, é possível diagnosticar a doença com mais precisão ou traçar um plano de prevenção para os pacientes que apresentem fatores de risco evidentes.
Prevenção
Apesar de ser uma doença muito ligada ao envelhecimento, existem algumas atitudes que podem ser tomadas ainda na infância e na idade adulta para prevenir o aparecimento da osteoporose, ou ao menos evitar que se torne uma doença grave.
Dessa forma, para prevenir a osteoporose, os cuidados devem estar relacionados aos fatores de risco evitáveis, tais como:
- Aumentar o consumo de cálcio para níveis adequados;
- Tomar sol pela manhã com frequência, para regular os níveis de vitamina D;
- Fazer atividades físicas regularmente;
- Não fumar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
- Fazer acompanhamento médico no caso de histórico familiar ou presença de outros fatores de risco.
Tratamentos da osteoporose
O tratamento da osteoporose é estabelecido de acordo com a causa e a gravidade das fraturas. De modo geral, podem ser recomendados medicamentos para regular e suplementar os níveis de cálcio e vitamina D, estimular a construção de tecido ósseo e reduzir o risco de fraturas.
Além disso, o paciente deve adotar um programa de atividades físicas moderadas e com orientação. Essas atividades podem estimular os ossos a reconstruírem parte de sua massa perdida, uma vez que estimulam a absorção do cálcio com mais rapidez.
A alimentação também deve ser mudada para que inclua mais alimentos ricos em cálcio e vitamina D. Leite e derivados, alguns vegetais, carnes e leguminosas são ricos no mineral e podem auxiliar no controle da doença. Além disso, alguns cuidados podem ser tomados no dia a dia dos pacientes com a doença, como a instalação de dispositivos em casa para evitar quedas e diminuir o risco de fraturas.
No caso das fraturas, o tratamento dependerá do osso fraturado e da gravidade da lesão. Isso pode incluir desde o controle da dor com medicação até, em alguns casos, a realização de cirurgia de coluna (principalmente quando há comprometimento neurológico).
É importante ter em mente que todos os métodos de tratamento da osteoporose devem ser prescritos pelo médico especialista e orientados por ele. A automedicação e os cuidados desregrados podem até mesmo piorar a doença.
Consequências da osteoporose não tratada
As fraturas causadas pela osteoporose, isoladamente, podem ser tratadas e recuperadas. No entanto, à medida que a doença avança, elas podem ocorrer com mais frequência e com esforços cada vez menores.
Além disso, as fraturas podem levar também a compressões em nervos, causando dores, dificuldades de movimentação e outros sintomas neurológicos que podem, com o tempo, se agravar cada vez mais
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Fontes: